Pesquisar este blog

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vela

"Sem sono, e os pensamentos voam da cabeça como se quisesse fugir, precisava extravasar um pouco, desopilar das ideias, por um minuto não pensar em nada. Sozinha naquele quarto escuro, era tudo o que Catherinne conseguia fazer, pousava coma caneta na boca e passava a mão na folha de papel, como se quisesse limpar o próprio pensamento escrito nela mas, por mais que os pensamentos voassem e muitas palavras lhe surgissem nunca pareceriam suficientemente boas para escrever tudo o que lhe passava pela cabeça,a chama da vela balançava acompanhando o ritmo do vento, e ela só pensava sem nada a escrever desviou seu olhar do papel e encarou com coragem chama da vela,seus olhos doíam e ela pensou naquela tarde de inverno chama da vela amarela e azulada, lembrou-lhe aquele rosto, cabelos loiros e olhos azulados, estáticos, grandes como se estivessem sempre alertas e assustados em sua pele muito branca,decidira ir sozinha ao teatro o ballet de Paris era algo imperdivel ainda mais para uma pobre moça saída de Londres para estudar ali. Saído a algum tempo dera uma volta na praça principal da cidade, as pessoas passavam apressadas como se nunca tivessem tido tempo para fazer nada, elas nunca tem! Ficou tentando imaginar o pensamento de cada uma dessas pessoas quais seriam seus problemas para onde estariam indo, até que vagando em seus pensamentos alheios avistou aquele rosto, não parecia ser dali, era como, como se fosse. . . fosse de outro mundo o seu ser não combinava com toda a paisagem, Catherinne o observou, seus olhos vivos olhavam a paisagem como se fosse a primeira vez que enxergava na vida,Catherinne não conseguia saber se era um rapaz ou uma moça mas teve certeza de uma coisa, a de que aquele ser era a coisa mais linda que já vira. . .Com um com um forte barulho ela volta a realidade a sua volta, seu gato havia derrubado o candelabro e a vela se apagou.

Nenhum comentário:

Presente das águas